O GP Brasil de 1993 foi marcado pela última vitória do ídolo Ayrton Senna e pelo lançamento do Fiat Tempra 16V, o primeiro carro a ter 4 válvulas por cilindro. Para surfar a onda da prova no circuito de Interlagos, a Fiat montou os Safety Cars com a nova versão do sedã, que na época impressionou pelo seu desempenho já que fazia o 0-100km/h em 10,54s e chegava aos 191,5 km/h de velocidade máxima. Após o fim da prova, a pista foi invadida por fãs entusiasmados, o que fez Ayrton Senna pegar carona em um icônico Tempra pintado de Vermelho Perolizado para chegar ao pódio. No trajeto, Senna sentou na janela e acenava para os fâs com a bandeira do Brasil, hábito que repetia sempre que ganhava uma prova.
Neste final de semana (13 e 14) Interlagos recebe a 19ª etapa da temporada 2021 da F1 e haverá um homenagem a Ayrton Senna. Repetindo a famosa cena, um Cosplay de Airton Senna fará o mesmo trajeto a bordo do mesmo Fiat Tempra Safety Car, agora restaurado a como se tivesse saído de fábrica novamente.
A longa busca pelo carro após o GP Brasil 1993
Muitos anos depois daquele carona de Ayrton Senna, Ivan Gusmão, 54 anos, começou uma peregrinação em busca do Tempra, sem mesmo saber se ele ainda existia. Ele alega que já tinha o número do chassi em mãos, fornecido por um ex-executivo da Fiat, a após 4 anos de buscas finalmente em dezembro de 2017 um anúncio de um desmanche podia leva-lo ao início do resgate.
“Na véspera do Natal, deparei-me com o anúncio desse carro e as placas FBM-1001 chamaram a minha a atenção, embora o Tempra não estivesse ainda emplacado durante a prova. Em janeiro, entrei em contato com o anunciante e o chassi bateu. Na hora, deu uma tremedeira e comecei a suar frio
O carro foi comprado por apenas R$ 2,5 mil que se somaram a outros R$ 13 mil entre viagens e transporte do Tempra para Itabuna. O meticuloso processo de restauração do carro consumiu outros R$ 20 mil. O valor total poderia facilmente ter sido recuperado se ele aceitasse uma proposta de compra vinda de um empresário americano “Recebi proposta de R$ 250 mil de um empresário americano, no estado que o carro se encontrava, antes de restaurar. Agradeci, mas disse que o cunho principal é a exposição que vou fazer. Não tenho intenção em lograr êxito em cima da compra. Eu não quero e não vou deixar as pessoas entenderam que quero me aproveitar.”