O Jeep Renagade está virando um drama e assombrado seus donos e de outros veículos Stellantis equipados com motor flex e câmbio automático. Após pouco tempo de uso, o câmbio simplemente deixa de funcionar e precisa ser reparado ou até mesmo substituído por um novo. Esse procedimento na maioria das vezes custa até 2/3 do valor do carro. Argo e Compass também estão sofrendo com o problema.
A causa do problema no Jeep Renegade é a corrosão de uma peça denominada trocador de calor, o que faz com que o líquido do radiador entre no câmbio, contaminando o lubrificante das engrenagens da caixa automática. O trocador de calor usa o sistema de arrefecimento do motor, que usa fluido específico e agua desmineralizada, e refrigera o lubrificante da caixa de câmbio.
O empresário Rafael Danilo Santos Bortuzzi é de de Maringá (PR), comprou seu Jeep Renegade 0km em 2017 e afirma que o veículo parou de funcionar de forma repentina. A primeira pane não teve nenhum indicativo luminoso no painel e secou o reservatório de água do radiador. No dia seguinte novamente o motor parou por alta temperatura e desta vez, Rafael notou óleo misturado ao liquido de arrefecimento.
Ele explica o que aconteceu depois disso: “Sempre segui o plano de manutenção indicado no manual do proprietário. Como a garantia já tinha vencido, levei o carro em duas oficinas multimarcas e ouvi em ambas que se tratava de um problema crônico envolvendo o trocador de calor”.
No guincho, o Renegade foi levado à concessionária de origem, que depois de alguns dias atestou o problema com o trocador de calor e o valor, apresentando o orçamento de R$ 49 mil para a troca total do câmbio automático.
“Percebi o aviso na temperatura do motor. No posto me mostraram o óleo do câmbio no reservatório de água.” Sandra Peralta, empresária, Ubatuba (SP), Argo Precision AT6 2017
“Na concessionária disseram que o problema é conhecido e pediram mais de R$ 50.000 pelo câmbio novo.” Juliana Eustachio, médica, Belo Horizonte (MG), Compass Longitude flex 2017
“Minha esposa percebeu o aumento na temperatura do motor. Era trocador de calor.”Robson Gil Ferro, administrador, Americana (SP), Compass Sport flex 2017
“O meu Jeep Renegade vale cerca de R$ 62 mil, segundo a Tabela Fipe. É inacreditável como uma peça que a Jeep sabe ser problemática não tenha sido trocada nem inspecionada nas revisões que fiz na rede autorizada”. Rafael Danilo Bortuzzi, Maringá (PR), Jeep Renegade 2017
Por sua vez, a Stellantis, alega que todos os problemas envolvendo veículos dentro da garantia são cobertos em caso de problemas com o trocador de calor. Por outro lado, admite que fez alterações específicas no plano de manutenção, mudando a especificação e a concentração do líquido do radiador, passando de ASTM D3306, ASTM D4955, NBR 15297 e 9.55523-2 para FCA MS 90032 Mopar Antifreeze Coolant e de 30/70 para 50/50. Abaixo a nota na íntegra:
“A Stellantis esclarece que se responsabiliza por inconvenientes que ocorram dentro do período de vigência da garantia contratual. Os veículos mencionados não realizaram o plano de manutenções programadas, conforme previsto no Manual do Proprietário.
A regular utilização do automóvel demanda a realização de manutenções preventivas e/ou corretivas. Nos casos em análise não há qualquer evidência que aponte para uma falha ou um defeito de qualidade nos veículos mencionados.
A Stellantis aproveita a oportunidade para informar que alterações em fluidos, peças de desgaste natural e/ou acessórios são processos evolutivos em respeito ao cliente e que podem impactar na periodicidade, no uso e na aplicação dos componentes envolvidos após as suas implementações”
O Procon-SP informa que já recebeu várias reclamações idênticas a do empresário Rafael e já notificou a Stellantis para prestar esclarecimentos sobre o problema e a eventual necessidade de recall. “A empresa deverá informar quantos atendimentos foram realizados nas concessionárias relacionados ao sistema de arrefecimento ou a problemas de vazamento no radiador, quais desses atendimentos foram efetuados nos modelos em garantia nos anos de 2020 e 2021 e detalhar os atendimentos por Estado, cidade, modelo, ano de fabricação e se houve a troca ou reparo do item avariado”
O fim da garantia não exime a Stellantis de responsabilidade. “Mesmo que o vício seja verificado após o término da garantia, se não for decorrente de desgaste natural e sim consequência de algum problema de engenharia, projeto ou construção, a empresa continua responsável. Nesse caso, o prazo de garantia passa a ser contado a partir da constatação do defeito pelo consumidor”.
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