O Ford Maverick nasceu no mercado americado no fim da década de 1960, e chegou a ser considerado o “anti-Fusca”, tirando clientes de VW. Com preço abaixo dos U$ 2.000,00 tinha 15 cores disponíveis, mas rapidamente obteve a fama de direção lenta e freios que esquentavam muito rápido.
Chegando ao Brasil, o Ford Maverick foi adaptado e passou a usar peças como motor e transmissão herdadas do Aero-Willys. Foi apresentado no Salão do Automóvel de 1972 e chegou às lojas em 1973 em três versões: Super, Super Luxo e GT.
Nas versões Super e Super Luxo, usava motor 6 cilindros em linha de 3,0 litros com potência de 112 cv e torque de 22,6 kgfm, com peso total de aproximadamente de 1.340 kg. Essas versões contavam com suspensão dianteira independente com braços sobrepostos e molas helicoidais, traseira com eixo rígido e feixes de molas semi-elipticas.
Já para o Ford Maverick GT a montadora investiu em um motor V8 de 302 polegadas, potência de 199cv e 4.950 cilindradas cubicas, somente com câmbio manual de quatro marchas e acionamento no assoalho. Acelerava de 0 à 100 km/h em aproximadamente 11 segundos. Contava com travas externas no capô, faróis auxiliares, bancos individuais com assento mais baixo, conta-giros sobrepostos à coluna de direção do volante, rodas de 14” e pneus Firestone Wide.
Com a crise do petróleo entre 1973 e 1974, a montadora inseriu um motor 6 cilindos em linha, mas esse logo ganhou fama de lento e beberrão, acelerando de 0 a 100 km/h em aproximadamente 20 segundos, bem mais lento que as versões anteriores. Era um carro que, de acordo com os consumidores “andava como um quatro cilindros e bebia como oito”.
Em seguida na nova fábrica de Taubaté, o motor foi substituído pelo Georgia 2.3 litros OHC com quatro cilindros em linha, com 99 cv e torque de 16.9 kgfm, comando de válvulas no cabeçote e correia dentada. Agora o Maverick ganhou um desempenho mais eficiente, melhor que o 6 cilindros antorior e chegando aos 155 km/h.
Já em 1977 a montadora fez modificações estéticas mo Ford Maverick, como novo interior, nova grade dianteira, novas lanternas traseiras, sistema de freios mais eficiente, eixo traseiro com bitola mais larga e suspensão revisada.
Chega a versão topo de linha, a LDO, com um acabamento mais refinado e interior monocromático, além do opcional câmbio automático de 4 marchas com acionamento no assoalho, exclusivo para essa versão.
Em 1979, depois de aproximadamente 10.537 unidades fabricadas do Maverick GT, 85.654 de modelos cupês e 11.879 dos modelos com quatro portas, a sua produção foi encerrada para dar espaço a um novo produto, o recém chegado Ford Carcel II
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