A dúvida se o motor Mercedes F1 está dentro da regra ou ilegal, veio depois dos ganhos de desempenho após a prova de Silverstone, o que chamou a atenção especialmente das rivais RedBull e Ferrari.
A RedBull já questionou a FIA sobre as modificações que a Mercedes fez na entrada de ar do seu motor, visto que o item 5.6.8 do regulamento técnico define que a entrada de ar do motor pode ter uma temperatura até 10 °C menor que a temperatura ambiente. Para isso, um sensor controlado pela FIA faz a medição.
O ponto chave está numa peça chamada Plenum, localizada na entrada de ar. A abertura acima da cabeça do piloto leva o ar para a entrada de ar do motor, monitorada pelo Plenum, e interfere diretamente no desempenho através da boa troca de calor e otimizando a queima de combustível.
Com as limitações do regulamento, o foco dos técnicos dos motores Mercedes foi exatamente nessa área, o que interferiu até no design do carro com um “calombo” nos carros da Mercedes e Aston Martin para acomodar as modificações. O resultado das modificações entrega mais ar para a admissão, deixando a temperatura mais baixa do que o regulamento prevê e gerando mais desempenho. Essa solução teria impacto direto na curva de potência em baixas e médias rotações, aumentando a potência nas retomadas de velocidade nas saídas de curvas. Isso tudo explica o ganho de velocidade da Mercedes, especialmente no GP da Hungria.
Mattia Binotto, chefe da Ferrari, declarou que não entende porque não se fala tanto nesse assunto como se dizia em relação à Ferrari em 2019. Discussão parecida já tinha acontecido quando apareceram as asas flexíveis. Oficialmente, a FIA está verificaremos o assunto e especula-se que logo deve ser apresentada uma nova diretiva técnica.