Maré sobe e deixa dezenas de carros atolados na praia do Atalaia, na cidade de Salinópolis, estado do Pará, nesse final de semana. Duas coisas chamaram a atenção, a quantidade de carros atolados ao mesmo tempo e também um carro de som, popularmente chamado de “paredão”. Os motoristas nervosamente tentavam sair da praia, mas a grande maioria não conseguiu. Legalmente, a permanência dos veículos na beira da praia é permitida, mas a maré alta pode tornar os motoristas incautos se tornarem vítimas da natureza.
Paredão de som entre os carros atolados em Atalaia no Pará
O carro de som de 5m de comprimento, 3m de largura e 3,3m de altura já estava atolado, pois o engate que o conduziu ao local havia quebrado, o que aumentou muito a dificuldade de tirá-lo do local. “Tínhamos passado a noite na praia e o cabo quebrou pela manhã. Precisamos chamar o guincho, mas ele não teve força para retirar e foi preciso uma retroescavadeira para ajudar no trabalho”, contou o proprietário, Lucas Magalhães. Segundo Lucas, o som é novo e estava sendo usado pela primeira vez. Está avaliado em R$ 350 mil. “Apesar da cheia, a água só atingiu a parte de baixo e não houve nenhum prejuízo”, comemora
Ocorrências com carros atolados se repetem na região amazônica, e fazem desta época do ano o momento demais movimento para os donos de reboques da região. A proprietária de um deles conta que ontem recebeu cinco chamados para a praia do Atalaia. “Foi no início da noite quando a maré estava enchendo. Os motoristas sempre acham que vai dar tempo de sair com o carro. Mas a gente sempre avisa que Salinas não é para principiantes”, alerta Raimunda Eurides.
Ela conta que o movimento maior é sempre aos finais de semana, de sexta a domingo, que é quando há maior procura pelas praias da cidade, em especial a do Atalaia. “Por dia, a gente reboca de quatro a cinco carros no Atalaia”. O serviço, prestado por empresa no município vizinho de Capanema, pode chegar a custar até R$ 1.500. “Se o reboque já estiver em Salinas e o transporte dos carros atolados for para dentro da cidade pode ficar nos duzentos reais, mas se sair daqui para ir buscar, até quatrocentos. Mas se precisar levar para Belém, varia de R$1.400 a R$ 1.500”, informa.
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