A resposta para quem realmente controla a Tesla pode sair depois de um julgamento que começará na próxima segunda-feira (12/7) no Tribunal de Wilmington, Delaware e envolve a bagatela de US$ 2 bilhões. Hoje ele é o presidente de empresa privada mais bem pago do mundo já que com os papéis da empresa nas máximas históricas, além de ganhos com ações, seu salário anual é de aproximadamente US$ 550 milhões.
Mas a ação judicial em questão aborda o ano de 2016. Os outros acionistas da Tesla alegam que Elon Musk usou sua influência na companhia para forçar o resgate de outra empresa a qual também era acionista, a Solar City, e salvá-la da falência, e consequentemente do seu fracasso. Na época, ele tinha 22% da Solar City, e os outos do processo mostram outros 4 membros do conselho da Tesla também com participação direta. Se o objetivo dos fundos de pensão do sindicato e dos gestores de ativos da Tesla forem atingidos, Elon Musk terá que pagar US$ 2,6 bilhões pelo custo do negócio, além de devolver os lucros ganhos com as ações da referida empresa Solar City.
A discussão de quem realmente controla a Tesla se depara numa questão um pouco subjetiva, que é a influência de Elon Musk na companhia, através de sua imagem e grande alcance via mídias sociais com seus 57 milhões de seguidores do Twitter, por exemplo. É fato que poucos executivos dominam tanto a imagem de sua empresa como ele.
“Virtualmente todos os CEOs ‘práticos’ e ‘inspiradores’ com participação acionária minoritária seriam considerados controladores”, escreveram os advogados de Musk em um processo judicial.
Especialista jurídicos dizem que se o vice-chanceler Joseph Slights determinar que Musk era o acionista controlador, caberá a Musk provar que o negócio da SolarCity atendeu aos padrões judiciais para aquela operação, considerando o processo e o preço.
Já Ann Lipton, professora da Escola de Direito da Universidade de Tulan, acha que “será muito difícil para o tribunal ignorar a realidade de que Elon Musk é Elon Musk e seu relacionamento com Tesla”. Ela afirma que “o caso pode apresentar uma situação incomum devido ao status de celebridade de Musk, seus laços pessoais com os membros do conselho da Tesla e os laços financeiros desses membros do conselho com a SolarCity”. E finaliza dizendo: “Junte tudo isso e pode ser o suficiente para contar como um acionista controlador”.
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