Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo fechará após 60 anos de operação

A fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo é um símbolo do setor automotivo, por ser a primeira da marca fora do território japonês e uma das mais antigas em operação no Brasil, mas vai encerrar suas operações. Já no final de 2020 a montadora deu o primeiro passo desse processo, quando anunciou que a sede administrativa seria transferida para a unidade de Sorocaba. As fábricas de Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz vão agregar a produção de componentes para o abastecimento local e exportação, já que o início do processo de desativação da unidade acontece ainda em 2022.

Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo fechará após 60 anos de operação
Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo fechará após 60 anos de operação

A Toyota diz que o processo será feito de forma gradual a partir de dezembro de 2022 e concluído em novembro de 2023. A medida foi tomada como forma de dar à empresa mais competitividade frente aos desafios do mercado brasileiro, bem como garantir a sustentabilidade de seus negócios no país. Apesar do encerramento das atividades, a marca informa que não prevê demissões e que oferecerá oportunidades para todos os 550 colaboradores da fábrica.

A história da fábrica da Toyota São Bernardo do Campo

A história da fábrica da Toyota São Bernardo do Campo
A história da fábrica da Toyota São Bernardo do Campo

Inaugurada em 1962, a fábrica da Toyota de São Bernardo do Campo foi a primeira linha de montagem da Toyota no país e a primeira instalada pela marca fora do Japão. Atualmente, é responsável pela produção peças que equipam modelos feitos no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Entre os componentes, destaque para bielas e virabrequins que saem daqui para equipar os motores 2.0 e 2.5 que a Toyota monta no mercado norte-americano. As peças nacionais são exportadas para fábricas em West Virginia, Alabama e Kentucky.

Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo fechará após 60 anos de operação

A mesma área ainda produz bielas e virabrequins para o motor 1.3 usado no Etios de exportação, o 1.5 do Yaris e para o 2.0 aspirado do Corolla e do Corolla Cross. No caso da picape Hilux, fabricada na Argentina, a planta produz peças da carroceria e suspensão, bem como componentes dos braços de controle do sistema de amortecimento. Além disso, peças da suspensão do Corolla e da carroceria do Corolla Cross também saem de lá.

Por mais de 40 anos, a fábrica também foi responsável pela produção do icônico Toyota Bandeirante (nome exclusivo do Brasil, já que lá fora o jipão era chamado de Land Cruiser). A produção durou de 1962 até 2001, com mais de 100 mil unidades entregues.

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Fonte: Motor1