Alain Prost acha a Fórmula 1 do passado melhor – Entenda o motivo

Alain Prost fala sobre a Formula 1 do passado
Alain Prost fala sobre a Formula 1 do passado

O piloto Alain Prost acha a Formula 1 do passado melhor que a atual e expôs sua linha de raciocínio para chegar a essa conclusão. O piloto foi tetra-campeão da categoria e venceu 51 corridas entre 1980 e 1993, sendo parceiro de equipe e também um dos maiores rivais no ídolo brasileiro Airon Senna. O atual diretor não-executivo da Alpine deu os seus motivos em um episódio recente do Prost in the Paddock, seu podcast.

“Bem, para começar, por exemplo, tivemos muito mais ultrapassagens na minha época, com certeza”, disse Prost, que correu na F1 entre 1980 e 1993. Mas você precisa olhar para o todo. Às vezes, como na vida, a percepção é mais importante do que a verdade. A percepção que as pessoas tinham, e eu sei porque às vezes eu perguntava para as pessoas que assistiam a F1 naquela época e agora, por que elas acham que o passado era mais interessante. Eu pergunto aos fãs o que eles acham que havia de diferente. Lembro-me de algumas respostas. Uma delas foi muito interessante”.

Prost segue: “A pessoa me disse: ‘Quando você corria, estávamos na frente da televisão do início ao fim. E sabíamos que tudo poderia acontecer’. Por exemplo, confiabilidade. Os motores quebravam e a fumaça branca que saía do carro ajudava os fãs a entenderem o que estava acontecendo”.

Um dos motivos em que Prost acha a Formula 1 do passado melhor, e constantemente falado pelo grande público, está relacionado às ultrapassagens. Sobre isso, ele segue: ” Hoje, tudo é complicado. Por exemplo, o DRS é artificial. Ok, o DRS tem sua utilidade porque, sem ele, poderíamos ter menos ultrapassagens. Mas se voltássemos ao esporte que tínhamos no passado, não acho que as pessoas ficariam mais ou menos interessadas. Não haveria grande diferença, porque às vezes temos algumas ultrapassagens que são tão fáceis que nem parecem corridas”.

Por fim, sobre a Fórmula 1 atual. Ele está convencido de que “Na verdade, é muito difícil de agradar aos telespectadores”